terça-feira, 8 de abril de 2008

O pássaro, o elefante e o aquecimento global...


Certa vez, durante o incêndio de uma floresta, o elefante observou um pequeno pássaro que voava até um lago, pegava água no seu bico e voava de volta até o incêndio, jogando a água sobre as chamas, na tentativa de apagá-las.

A certa altura o elefante chamou o pássaro e comentou: você não acha que esse seu esforço é meio ridículo? Você jamais vai conseguir apagar esse incêndio, apenas com a água que você leva no bico...

O pássaro retrucou dizendo: eu não sei se vou conseguir apagar o incêndio, o que eu sei é que estou fazendo tudo o que posso para ajudar a apagar.

Com relação ao aquecimento global e a todos os problemas que estão acontecendo com o meio ambiente na atualidade, não sei se temos que ficar pensando se podemos ou não resolvê-los. Temos é que racionalizar nossos hábitos no dia a dia, consumir menos energia elétrica, deixar o carro em casa sempre que possível, consumir menos água (por exemplo deixando de escovar os dentes durante o banho, reaproveitando a água das chuvas e água servida em casas e condomínios...), reciclar o máximo possível de materiais e incentivar todo mundo a fazer o mesmo. A economia será imensa!

Daí teremos mais fôlego e mais foco para pensarmos em coisas maiores....

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Que me desculpe o Belchior...


No próximo mês faz 40 anos das manifestações de Maio de 68 na Europa. Essas manifestações foram a dor aguda de um movimento cultural que já havia nascido e que desafiava pais e filhos em quse todo o mundo. Os hippies já estavam contestando os valores consumistas da sociedade ocidental. Os trabalhadores já estavam construindo a transformação dos regimes totalitários comunistas, desde a Polônia até dentro da própria União Soviética. As artes e a política há muito não viam tanta efervescência e criatividade. Pessoas e mais pessoas desafiavam o estilo de vida vigente na época para mudar, desde o corte de cabelo, até a maneira como encarar a natureza.

Foi nessa época também que os movimentos ambientalistas começaram a formar o seu ideário e a se consolidar como força política. Os movimentos verdes evoluíram e se tornaram não só partidos verdes, mas mudaram muito da consciência comum dos cidadãos e dos próprios hábitos de consumo e preocupações, principalmente no ocidente e no oriente ocidentalizado.

Já se passaram 40 anos e, infelizmente, as mudanças que fizemos não foram tão importantes como deveriam ser, para poderem garantir ao mundo e aos seus habitantes, uma melhor qualidade de vida. Mas muita coisa mudou para melhor. Basta ver que hoje em dia podemos falar sobre o aquecimento global (pois é, já falávamos disso em 68), em ecologia e respeito à natureza, sem sermos ridicularizados.

Afinal, contrariamente ao que disse o Belchior na famosa música, nós não somos mais os mesmos e nem vivemos como os nossos pais. E muito disso devido ao que explodiu em maio de 68.

Abril de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

Paz na Tribo


Chegou a hora de dar um basta, antes que a gente tenha mais um infarto coletivo. Tratar as coisas com mais objetividade e simplicidade. No tempo certo e não na correria em que tudo se transformou.

A ansiedade de acumular imensas riquezas e bens materiais ou ainda de conseguir o necessário para o sustento e sobrevivência está matando a tudo e a todos: tempo, seres humanos e natureza.

É hora de voltar para dentro da tribo. Pode começar com meia hora por dia. Antes que seja (muito) tarde.

É preciso começar cuidando da Oca. Oca - a Casa - o Corpo - a Terra.

Marcos Terena declarou na ONU que os índios querem ser ouvidos na questão das mudanças climáticas. O convite nasceu porque ele foi o coordenador da Conferência do Rio-92, quando foi feita a “Carta da Terra” com 109 recomendações feitas por 700 indígenas de todo o mundo. Foi a recomendação da “Carioca”, duas palavras do Tupi-Guarani (Cari + Oca) que significam, “aquele que vem do Rio de Janeiro”. E dentro dessas recomendações existe o que se pode chamar hoje da “profecia dos povos indígenas”, a respeito da importância de cuidar da Terra e do meio ambiente. Os efeitos podem ser percebidos claramente.

"A Terra está tremendo diante da agressão do homem branco, diante da agressão da modernidade, da tecnologia. E nós pensamos que somente os povos indígenas podem dar uma resposta, um “puxão de orelha” nessa comunidade internacional para que ela volte a pensar como ser humano a respeito de cuidar do planeta Terra."

Os índios Hopi, da América do Norte, em suas profecias também alertam:

"Se roubarmos coisas preciosas da Terra, vamos chamar desastres.

No dia da Purificação, haverão névoas correndo para a frente e para trás nos céus.

Uma enorme caixa de cinzas pode um dia cair dos céus e ela poderá queimar a Terra e ferver os oceanos."

Seria interessante assistir novamente ao filme Koyaniskatsy (aquele que deixou famosa a música do Philip Glass). Tem nas boas videolocadoras. Convide os amigos.

Gente: é hora de limpar a Taba e cuidar da Oca!

Paz na Tribo - 20 de Março de 2008.