sábado, 19 de abril de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Ponto de Partida

Sou amigo de Marrey Peres há 25 anos. Nos conhecemos em um evento alternativo. Eu, dando aula de Tai Chi Chuan; ele, apresentando o trabalho da Iniciativa Planetária. Ambos lutávamos pela preservação do meio ambiente e por uma cultura de paz.
Em 1984, junto com Marrey, editávamos um jornal no interior de São Paulo. Em setembro daquele ano fizemos uma edição especial com a temática ECOLOGIA E PAZ. No rodapé da primeira página publiquei a seguinte frase: O ser humano que se relaciona com o seu semelhante construindo a paz e com o meio ambiente respeitando as leis naturais, sem dúvida, é o semeador de uma nova humanidade.
Passaram-se 24 anos e a mensagem dita naquela época continua mais viva do que nunca. Mudaram-se apenas os meios. Aquele jornal foi composto tipograficamente, letrinha por letrinha. Hoje, o nosso veículo, este blog, é eletrônico.
Mas, infelizmente, as elites espalhadas pelo mundo afora optaram em promover a guerra e destruir o planeta. Só que a gente não vai deixar. Por isso que estamos construindo este blog comunitário. E ser comunitário para nós não é apenas trocar informações; é acreditar em valores como a paz e a preservação ambiental; é co-existir pacificamente.
Tem mais. A minha expectativa deste blog é que ele deva ser um veículo aglutinador de pessoas que comungam de um mesmo ideal. No nosso caso, o ideal é a construção de uma política que promova a cultura de paz e de uma economia sistematicamente organizada a partir daquilo que se convencionou chamar de desenvolvimento sustentável.
Mas não é só isso. O blog é um ponto de partida para a convivência social. A convivência humana pautada em valores que cultivam a paz e a preservação do meio ambiente é a semente de uma nova humanidade. Virtualmente a gente não vai semear um mundo novo. É preciso conviver.

João Jorge

terça-feira, 8 de abril de 2008

O pássaro, o elefante e o aquecimento global...


Certa vez, durante o incêndio de uma floresta, o elefante observou um pequeno pássaro que voava até um lago, pegava água no seu bico e voava de volta até o incêndio, jogando a água sobre as chamas, na tentativa de apagá-las.

A certa altura o elefante chamou o pássaro e comentou: você não acha que esse seu esforço é meio ridículo? Você jamais vai conseguir apagar esse incêndio, apenas com a água que você leva no bico...

O pássaro retrucou dizendo: eu não sei se vou conseguir apagar o incêndio, o que eu sei é que estou fazendo tudo o que posso para ajudar a apagar.

Com relação ao aquecimento global e a todos os problemas que estão acontecendo com o meio ambiente na atualidade, não sei se temos que ficar pensando se podemos ou não resolvê-los. Temos é que racionalizar nossos hábitos no dia a dia, consumir menos energia elétrica, deixar o carro em casa sempre que possível, consumir menos água (por exemplo deixando de escovar os dentes durante o banho, reaproveitando a água das chuvas e água servida em casas e condomínios...), reciclar o máximo possível de materiais e incentivar todo mundo a fazer o mesmo. A economia será imensa!

Daí teremos mais fôlego e mais foco para pensarmos em coisas maiores....

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Que me desculpe o Belchior...


No próximo mês faz 40 anos das manifestações de Maio de 68 na Europa. Essas manifestações foram a dor aguda de um movimento cultural que já havia nascido e que desafiava pais e filhos em quse todo o mundo. Os hippies já estavam contestando os valores consumistas da sociedade ocidental. Os trabalhadores já estavam construindo a transformação dos regimes totalitários comunistas, desde a Polônia até dentro da própria União Soviética. As artes e a política há muito não viam tanta efervescência e criatividade. Pessoas e mais pessoas desafiavam o estilo de vida vigente na época para mudar, desde o corte de cabelo, até a maneira como encarar a natureza.

Foi nessa época também que os movimentos ambientalistas começaram a formar o seu ideário e a se consolidar como força política. Os movimentos verdes evoluíram e se tornaram não só partidos verdes, mas mudaram muito da consciência comum dos cidadãos e dos próprios hábitos de consumo e preocupações, principalmente no ocidente e no oriente ocidentalizado.

Já se passaram 40 anos e, infelizmente, as mudanças que fizemos não foram tão importantes como deveriam ser, para poderem garantir ao mundo e aos seus habitantes, uma melhor qualidade de vida. Mas muita coisa mudou para melhor. Basta ver que hoje em dia podemos falar sobre o aquecimento global (pois é, já falávamos disso em 68), em ecologia e respeito à natureza, sem sermos ridicularizados.

Afinal, contrariamente ao que disse o Belchior na famosa música, nós não somos mais os mesmos e nem vivemos como os nossos pais. E muito disso devido ao que explodiu em maio de 68.

Abril de 2008